Comecei a frequentar a Universal escondido
dos meus amigos e do meu noivo por algumas semanas. Mas continuava a velha
vida, me relacionando com 3 homens simultaneamente... me vestindo do mesmo
jeito, mas dentro de mim gritava por mudança, comecei a ficar com a consciência
pesada e me sentia cobrada para abandonar tudo o que eu vivia de errado.
Ouvi uma Palavra que fala de largar o pecado.
Prontamente, quando acabou a reunião liguei para os dois amantes na porta da
igreja mesmo e terminei, um deles, eu me relacionava já a 7 anos, ele riu e
disse que pagaria para ver se eu conseguiria ficar longe dele por muito tempo.
Confesso que nem eu sabia como eu ia conseguir isso, afinal a paixão que
tínhamos um pelo outro superou até mesmo a distancia e o tempo. Era algo diabólico
mesmo, uma paixão avassaladora.... Mas como eu estava em busca de mudanças,
queria ser normal, queria esse verdadeiro amor e felicidade que o pastor falou,
estava disposta apagar o preço.
Fui para casa e falei que queria casar com
meu noivo, ele aceitou. Continuei indo escondido dele, porque eu sabia que ele
odiava a Universal.
Passaram-se quatro meses, eu não tinha mais
insônia, não traia mais ele, e estava me sentindo bem melhor. Ele estava bem
desconfiado de que eu estava indo para algum lugar escondido dele e começou a me
ligar no horário em que eu estava na reunião, eu ficava nervosa, começava a
tremer e não consegui me concentrar no que o pastor falava. Ele insistia tanto
que eu o atendia, ele ficava insistindo para eu dizer onde eu tava, eu mentia,
enrolava porque eu tinha muito medo da reação dele., dizia que estava próximo
que já estava chegando e ele dizia que vinha ao meu encontro com medo de ele me
pegar dentro da Universal eu saia correndo de dentro da igreja e ele me pegava
no caminho com muita raiva ele queria saber onde eu tava e eu mentia.
Até quando não deu mais jeito eu tive que
falar. Ele ficou com tanto ódio e disse que não me queria nessa igreja de forma
nenhuma. Mas eu insisti, dizendo que continuaria indo, e continuei. Ele várias
vezes invadiu a igreja e me puxava pelo braço, eu me sentia muito envergonhada,
mas o desejo de mudar era maior que a vergonha que ele me fazia passar e eu
continuava indo.
Tinha muita dificuldade de me concentrar
nas reuniões, quase nunca consegui ouvir o que o pastor falava, sempre na minha
cabeça tinha vozes e a “maldita voz” me fazia pensar em um montão de coisas que
não tinha nada a ver, inclusive, era ela que usava meu ex noivo para ligar para
mim e me persegui quando eu estava nas reuniões.
Eu ia aos domingos pela manhã e ele ia me
buscar com muito ódio e me levava para a praia.
Teve uma mini vigília para quem queria ser
de Deus e eu fui, era das 7 as 22. Eu estava buscando o Espírito Santo, quando
ele entrou na igreja me deu dois tapa no braço e saiu me arrastando com ancia de
vomito e muito nojo, gritando que odiava aquele lugar, que tinha muito nojo
dali. Ele me jogou dentro do carro com violência e segui para um barzinho, eu
não aceitei ir, chorei muito pedindo para ir para casa, tinha deixado meu filho
dormindo sozinho em casa para participar dessa mini vigília.
Ele abriu a porta do carro e mandou eu ir
andando se eu quisesse ir para casa, foi horrível, muito humilhante, chorei
muito nesse dia, fui para casa chorando e ele foi para o bar.
Eu não entendia muito as coisas, eu achava
que ele estava com ciúmes, mais nunca imaginaria que era os comparsas da
“maldita voz” lutando junto com ela pela minha vida.
Comecei a manifestar com a “maldita voz”,
que mandava eu matar o pastor e bater nos obreiros. Chegava muito cedo nas
reuniões e ali sentada com a “maldita voz” atormentando minha mente, sentia
muito ódio, sem explicação, vontade de matar todos que passassem pela minha
frete, queria ver o sangue daquele pastor derramado no chão, eu chegava a ver o
seu corpo todo estraçalhado e muito sangue ao redor. A “maldita voz” sempre
mandava eu levantar e pegar o banco onde eu estava sentada e jogar na cabeça
dele, graças a Deus a maldita voz não consegui me convencer. Numa oração de
libertação a “maldita voz” mandou eu agarrar o obreiro para seduzi-lo, mas não
aceitei, lembro-me que o obreiro lutava contra a “maldita voz” e eu lutava
contra as ordens dela, foi um inferno nesse dia, pensei que eu não ia vencer
nunca aquela situação!
A cada ida minha a Universal era um
desafio... Uma luta.... Ou melhor uma guerra.
Mesmo assim continuei indo e passei a ter
um desejo enorme de participar da Santa Ceia mas não podia porque eu ainda me
relacionava intimamente com ele e não era casada e não era liberta. Então fui
até ele e falei que tinha que casar e que só depois que cassássemos dormiríamos
juntos novamente, ele disse que nunca abriria mão do meu corpo, tudo menos
isso!!!!
Me batizei nas águas assim mesmo contra a
vontade dele, a Obreira que me atendeu ela tinha uma paz, um semblante lindo, e
a Doce voz dizia, é isso que eu quero te dar.
Naquele momento eu nem ouvi direito o que
ela falava apenas via o brilho dos seus olhos e a paz que ela passava. Desci as
águas, mas o inferno veio com mais força e sofri o que nunca pensei que
sofreria........ e o pior de tudo que minha descida as águas não teve validade
diante de Deus, foi apenas um banho que tomei no batistério........
SAIBA PORQUE NO PRÓXIMO POST
Talvez você seja batizado nas águas, mas a sua vida seja a mesma, você continua vivendo a vida velha, bom para lhe adiantar, posso afirmar que quando você desceu as águas, você não abriu mão de tudo, você guardou algo contigo que Deus pediu para largar......
Continua......